Este artigo pretende introduzir a questão da performatividade da luz, supostamente estabelecida
a partir da presença/ausência do seu agente, o criador/operador de luz e sua relação com o
espectador (cri)ativo da cena contemporânea. Para tanto, considera as transformações ocorridas
na função e significação da luz com o advento do teatro pós-dramático e as formas de recepção
surgidas simultaneamente aos conceitos de teatralidade e performatividade na segunda metade
do século XX. Em seguida são analisados alguns exemplos em que a luz é performada dentro e fora
da cena para demonstrar como a iluminação, através de sua teatralidade, explora a potencialidade
da recepção criativa para alcançar sua performatividade expressiva.