Entre 1970 e 1974, Allan Kaprow escreveu aqueles que seriam textos seminais para pensar as relações entre arte, filosofia e educação no contexto da arte. Refiro-me aqui à trilogia A educação do an-artista. As partes I e II do texto, publicadas no Brasil nos anos de 1990, têm sido constantemente analisadas, discutidas e atualizadas em debates internacionais sobre as contribuições do artista para os campos da arte e da educação (da arte) há, pelo menos, duas décadas. Sobre a parte III, no entanto, ainda se versa muito pouco. O presente artigo busca, a partir de ponderações feitas por Kaprow nesta última parte da trilogia, e, principalmente, do que ali não está contemplado, refletir e discutir sobre projetos que pensam artisticamente a academia, ou projetos de arte que se apresentam como escolas, e o papel do artista-professor.