As reflexões de Max Horkheimer, Theodor Adorno, e Herbert Marcuse significaram um marco na produção sociológica do século XX. Autodenominando-se intelectuais condutores de uma “Teoria Crítica”, os principais pesquisadores e pensado- res do Instituto de Pesquisa Social passaram, a partir da década de 60, a ser designados de Escola de Frankfurt. Levando às últimas conseqüências as idéias de “burocratização” e “proeminência da racionalidade instrumental” nas sociedades industriais avançadas, tais reflexões chegaram ao ponto de desqualificar qualquer possibilidade de emancipação do homem moderno, diagnóstico, aliás, muito caro às suas fortes raízes marxistas. Mas, qual seria o perfil dessa aprisionante sociabilidade moderna? Que dimensões restariam ao homem contemporâneo? Como seria seu relacionamento com o mundo natural a sua volta? Essas são algumas das questões que norteiam o presente artigo.