Este estudo objetivou apreender as representações sociais sobre sexualidade, elaboradas por mulheres com 50 anos ou mais portadoras do HIV/Aids ou não. Pesquisa com abordagem qualitativa, fundamentada na Teoria das Representações Sociais, desenvolvida em Fortaleza, CE, Brasil, com 44 mulheres, 22 com diagnóstico e 22 sem o diagnóstico. Foram utilizadas as técnicas de entrevista semiestruturada e observação assistemática. Os dados foram submetidos à análise de conteúdo que apresentou duas categorias principais: concepções sobre o HIV/aids e vivências da sexualidade. Os resultados revelaram que para as mulheres com o diagnóstico, o convívio com a doença era permeado de angústia, estigmas, dificuldades socioeconômicas, rompimento dos vínculos afetivos, culpa e medo. Entre as mulheres sem diagnóstico, a baixa percepção de risco da aquisição da infecção e o medo de descobrir a soropositividade decorrem da desinformação sobre a doença. Estudos sobre as questões de infecção pelo HIV/Aids em mulheres maiores de 50 anos devem ser amplamente incentivados, visando a subsidiar o desenvolvimento de ações e programas de prevenção voltados para esta população.
This study aimed to understand the social representations of sexuality, developed by women aged 50 and older with or without HIV/AIDS. This was a research with qualitative approach, based on Social Representations Theory, carried out in Fortaleza-CE, Brazil, with 44 women, 22 diagnosed with and 22 diagnosed without HIV/AIDS. We used the techniques of semi-structured interview and non-systematic observation. Data were submitted to content analysis and two main categories were verified: concepts on HIV/AIDS and experiences of sexuality. The results showed that for the women living with the disease there was a mix of anxiety, stigma, socioeconomic difficulties, disruption of emotional bonds, guilt and fear. Among women diagnosed without, a low perception of the risk of acquiring the infection and the fear of discovering the seropositivity, come from the misinformation on the disease. Studies on the issues of HIV/AIDS infection in women aged 50 and older should be widely encouraged, in order to support the development of actions and prevention programs addressed to this population.
