Os esforços empreendidos no Brasil para fortalecer a sua democracia, desde as origens do processo de redemocratização, têm gerado uma descentralização administrativa e uma defesa da ampliação da participação dos cidadãos nos processos de tomada de decisão polÃtica e de fiscalização das ações do Estado e de seus gestores públicos. Tais esforços têm sido enfatizados como uma forma de reverter o premente processo de desintegração social, refletido na diminuição irresponsável das funções do Estado a partir do reformismo dos anos 1990. Argumentamos aqui que a adoção de tal perspectiva não tem fomentado a criatividade associativa da sociedade civil como queriam alguns dos seus defensores, pelo contrário, tem limitado as possibilidades de articular um espaço comum de fomento à participação popular.
Efforts in Brazil to strengthen its democracy, from the beginning of the democratization process, have generated administrative decentralization and a defense of the expanded participation of citizens in the political decision-making and oversight of government actions and their public managers. Such efforts have been emphasized as a way to reverse the process of pressing social disintegration, reflected in the decrease of state functions irresponsible from the reformism of the 1990s. We argue here that the adoption of such a perspective has fostered creativity associative wanted civil society as some of its advocates, however, has limited the possibilities of articulating a common promotion of popular participation.