O objetivo deste artigo é analisar, a partir de trechos do filme Parabolic People de 1991, da diretora Sandra Kogut, a multiplicidade e o entrecruzamento das linguagens artísticas, situando essas características do audiovisual como elementos constitutivos da produção artística a partir da década de 70, no contexto das transformações que definem a chamada “sociedade em rede”. Os filmes e vídeos, portanto, constituem referências fundamentais para esta investigação, sendo utilizados para evidenciar como algumas transformações surgem na própria prática fílmica e videográfica, como modo não apenas de questionar os próprios suportes da produção audiovisual, mas também enquanto expressão sintomática de novos regimes de percepção e comunicação e, consequentemente, das relações temporais e espaciais da sociedade.