A política socioeducativa é uma política educacional em sua gênese. Se pensarmos o espaço socioeducativo enquanto espaço de reconhecimento do eu, de descoberta de autonomia, de respeito aos processos de desenvolvimento desse sujeito, muito lembra o espaço escolar, pedagógico. Utilizamos a teoria da Luta por Reconhecimento de Axel Honneth, para compreender como essas lutas perpassam o reconhecimento e a visibilidade da adolescente privada de liberdade a partir da sua autoafirmação e compreensão de si mesma colocando os Direitos Humanos no centro desse debate. O que está posto são elementos iniciais de pensamentos e conhecimentos sobre a importância dos Direitos Humanos e a luta por reconhecimento enquanto elementos norteadores de vivências humanitárias, diversas, plurais e de visibilidade das adolescentes privadas de liberdade. A busca por justiça e visibilidade, juntamente com a própria emancipação enquanto sujeito de direitos, coloca essa adolescente no centro de um sistema considerado, por muitos, falido e multiplicador de violações, sejam psicológicas ou sociais. Assim, o reconhecimento passa por perceber na reciprocidade e autovalorização, a luta por direitos e valorização social que abre caminhos para essas adolescentes se auto-realizarem e serem reconhecidas socialmente.
Socio-educational policy is an educational policy in its genesis. If we think of the socio-educational space as a space for recognizing the self, discovering autonomy, respecting the development processes of this subject, it is very reminiscent of the school, pedagogical space. We use Axel Honneth's theory of the Struggle for Recognition to understand how these struggles permeate the recognition and visibility of the adolescent deprived of liberty from their self-affirmation and self-understanding, placing Human Rights at the center of this debate. What is stated are initial elements of thoughts and knowledge about the importance of Human Rights and the struggle for recognition as guiding elements of humanitarian, diverse, plural and visibility experiences of adolescents deprived of their liberty. The search for justice and visibility, together with the emancipation itself as a subject of rights, places this teenager at the center of a system considered by many to be bankrupt and a multiplier of violations, whether psychological or social. Thus, recognition involves realizing in reciprocity and self-valorization, the struggle for rights and social valorization that opens paths for these adolescents to self-fulfill and be socially recognized.
