Neste artigo procuro elucidar um equívoco que vem sendo repetido desde os anos 1980 sobre a incomensurabilidade da pesquisa que reúne empirismo e formalismo e que viria a ser referida entre nós como Sociolinguística Paramétrica desde o manifesto de Tarallo (1987). Para tanto, procuro mostrar como, a partir do desenvolvimento da Teoria de Princípios e Parâmetros – de sua versão clássica à versão minimalista – os paradigmas gerativo e quantitativo, longe de serem mutuamente excludentes, podem contribuir um com o outro no estudo da mudança linguística, permitindo ao investigador identificar propriedades subjacentes a descrições superficiais.
This article intends to elucidate a mistake that has been repeated since the 1980s about the incompatibility of associating empiricism and rationalism in the type of research that would be referred to as Parametric Sociolinguistics since Tarallo’s (1987) manifest. In order to do so, I will show how, since de development of the Theory of Principles and Parameters – from its classical formulation to the minimalist version – the generative and the quantitative paradigms, far from being incompatible, can contribute to each other in the study of language change allowing the analyst to identify more abstract properties underlying superficial descriptions.