Há alguns anos estudos demonstraram que
stents de cromo-cobalto, com hastes mais finas, reduziram
de forma expressiva a reestenose coronária, comparativamente
aos stents convencionais de aço inoxidável disponÃveis
na época. Desde então, stents com hastes < 100 μm
e diferentes ligas metálicas estão disponÃveis para uso clÃnico.
O objetivo deste estudo foi avaliar a existência de diferenças
nos resultados clÃnicos de pacientes submetidos a
intervenção coronária percutânea (ICP) com stents de hastes
finas e diferentes ligas metálicas. Métodos: Registro unicêntrico,
em que foram comparados os resultados de pacientes
submetidos a ICP com stent de aço inoxidável (n = 135) vs.
stent de cromo-cobalto (n = 181). O desfecho primário foi
a ocorrência de eventos cardÃacos adversos maiores (ECAM),
definidos pela ocorrência de óbito, infarto agudo do miocárdio
(IAM) ou revascularização do vaso-alvo (RVA) no seguimento
tardio. Resultados: A média de idade dos pacientes foi de
64 ± 11 anos, com 32,6% de diabéticos e 65,5% com
sÃndrome coronária aguda à admissão, sem diferenças na
maioria das caracterÃsticas clÃnicas e angiográficas avaliadas
entre os grupos. Na comparação das caracterÃsticas do
procedimento, a estratégia de implante direto do stent foi
mais frequente no grupo cromo-cobalto (30,3% vs. 40,2%;
P = 0,04). Ao final de mediana de 500 dias de seguimento,
não houve diferenças significativas entre os grupos para a
ocorrência de ECAM (15,5% vs. 16,5%; P = 0,6), óbito
(4,6% vs. 6,8%; P = 0,29), IAM (2,7% vs. 4,1%; P = 0,41)
ou RVA (10,4% vs. 10,1%; P = 0,97). Conclusões: Nessa
população do mundo real os stents de cromo-cobalto apresentaram
eficácia e segurança semelhantes às dos stents de
aço inoxidável, porém com menor necessidade de instrumentação
coronária.
Years ago studies demonstrated that the use of
cobalt-chromium stents with thinner struts significantly reduced
coronary restenosis when compared to conventional stainless
steel stents available at the time. Since then, stents with struts
< 100 μm and different metal alloys are available for clinical
use. The objective of this study was to assess differences in
the clinical outcomes of patients undergoing percutaneous
coronary intervention (PCI) with thin strut stents and different
metal alloys. Methods: Single center registry comparing the
results of patients undergoing PCI with stainless steel stents
(n = 135) vs. cobalt-chromium bare metal stents (n = 181).
The primary endpoint was the occurrence of major adverse
cardiac events (MACE), defined by death, acute myocardial
infarction (AMI) or target vessel revascularization (TVR) in the
late follow-up. Results: Mean patient age was 64 ± 11 years,
32.6% were diabetic and 65.5% had acute coronary syndrome
at admission, with no differences for most of the clinical and
angiographic characteristics assessed between groups. The
use of direct stenting was more frequent in the cobalt-chromium
group (30.3% vs. 40.2%; P = 0.04). After a median of
500 days of follow up, there was no statistically significant
difference between groups for the occurrence of MACE
(15.5% vs. 16.5%; P = 0.6), death (4.6% vs. 6.8%; P = 0.29),
AMI (2.7% vs. 4.1%; P = 0.41) or TVR (10.4% vs. 10.1%;
P = 0.97). Conclusions: In this real world population, cobaltchromium
stents had similar efficacy and safety when compared
to stainless steel stents, but with less coronary instrumentation.