Muitos seriam os desafios a serem percorridos dentro da economia solidária, que requerem transformações subjetivas. Nesta pesquisa, são modos de subjetividade constituÃdos nas interações sociais no âmbito da cooperativa estudada a CooperSol, que se mostrou, por meio de observações e depoimentos, um espaço de expressão da subjetividade do trabalhador cooperado em relação à autogestão e ao tempo de trabalho. Através do desafio da autogestão, os cooperados conquistam direito à voz e voto. Na CooperSol o tempo de trabalho também poderia ganhar em sua dimensão qualitativa, subjetiva, considerando as várias dimensões do cotidiano. Entretanto, como em qualquer manifestação humana, na CooperSol também ocorriam conflitos, que eram ao menos externados e discutidos em reuniões. Assim, não obstante as suas dificuldades, a CooperSol indica que, na medida em que as pessoas organizam e estruturam um empreendimento solidário, organizam e estruturam a si mesmas subjetivamente.
There are numberless challenges within a solidary economy that need subjective transformations. Current research deals with modes of subjectivity within social interactivities in the cooperative CooperSul which proved to be a place in which cooperative workers expressed their subjectivity with regard to self-administration and working period. Cooperative subjects acquired the right of voice and vote through the challenge of self-administration. Working period in CooperSul may also have a qualitative and subjective dimension when the day-to-day conditions are taken into account. However, as in all human experiences, conflicts in CooperSul do not merely occur but are debated in meetings. In spite of all difficulties, CooperSul shows that when people organize themselves and build a solidary structure, they also organize and structure themselves.