Se considerarmos que as lÃnguas naturais são um “dote†do ser humano e apenas dele e que todos os seres humanos possuem um mesmo “dote†lingüÃstico, poderÃamos supor que todas as lÃnguas são iguais. Entretanto, sabemos que essa suposição não é verdadeira. Há diferenças entre as lÃnguas naturais de todo o mundo que não se restringem apenas a diferenças lexicais, fonéticas ou fonológicas, mas também, a diferenças na organização das palavras nas sentenças, na sintaxe. Como, então, explicar esse aparente paradoxo: todos os seres humanos possuem um mesmo aparato lingüÃstico (concepção inatista da aquisição da linguagem) e, ao mesmo tempo, determinados grupos se utilizam de códigos lingüÃsticos e de estruturas sintáticas diferentes para sua comunicação e interação?