A dinâmica sociopolítica da 'refundação dos Estados' vivenciada na Bolívia e no Equador durante a primeira década dos século XXI atesta importantes transformações nas perspectivas educacionais. A partir de um paradigma alternativo ao modelo ocidental de desenvolvimento derivado do imaginário de povos indígenas andinos – que no Equador é expresso como “Bom Viver” (Sumak Kawsay) e na Bolívia como “Viver Bem” (Suma Q'amaña)- a educação adquiriu novos sentidos e funções. Esses pensamentos entraram no debate público e foram incorporados nas novas constituições do Equador (2008) e Bolívia (2009) e em suas politicas educacionais. Este artigo enfoca as origens e fundamentos dessas concepções. Procuramos analisar seus significados e interpretações no debate sobre perspectivas decoloniais na América Latina.