O presente estudo objetiva discutir a problemática da superlotação das maternidades públicas, no âmbito estatal, em suas mediações com as principais tendências da polÃtica de saúde atual, tendo como ponto de partida a Emergência Obstétrica do Hospital das ClÃnicas de Pernambuco. A pesquisa foi realizada com base em um levantamento de dados secundários referentes ao tema do Banco de Dados do Ministério da Saúde, do Hospital das ClÃnicas de Pernambuco e de notÃcias da imprensa relativas à quantidade de leitos, atendimentos realizados, recursos humanos e registros da Ouvidoria que remetiam ao atendimento e internamento na Emergência Obstétrica da instituição. A análise dos dados indicou um processo de intensificação da precarização do direito a saúde de qualidade (instalações fÃsicas, falta de profissionais e leitos), e das condições de trabalho nas maternidades públicas. Precarização esta que coloca grande obstáculo à efetivação da PolÃtica Nacional de Humanização do Parto e Nascimento, uma vez que viola diversos direitos das gestantes e dos recém-nascidos.