SUPERMERCADOS ENQUANTO ESPAÇOS DE CULTURA CIENTÍFICA: POSSIBILIDADES PARA O ENSINO DE QUÍMICA

Revista de Estudos em Educação e Diversidade

Endereço:
Estrada do Bem Querer, km 04 - Campus Universitário
Vitória da Conquista / BA
45083-900
Site: http://periodicos2.uesb.br/index.php/reed/
Telefone: (77) 3261-8663
ISSN: 2675-6889
Editor Chefe: Lúcia Gracia Ferreira Trindade, Rita de Cássia S. N. Ferraz e Roselane Duarte Ferraz
Início Publicação: 01/07/2020
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Ciências Biológicas, Área de Estudo: Ciências da Saúde, Área de Estudo: Ciências Exatas, Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Ciências Sociais Aplicadas, Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Multidisciplinar

SUPERMERCADOS ENQUANTO ESPAÇOS DE CULTURA CIENTÍFICA: POSSIBILIDADES PARA O ENSINO DE QUÍMICA

Ano: 2022 | Volume: 3 | Número: 7
Autores: Adriano Lopes Romero, Manoel Henrique Estércio Farias Plácido, Rafaelle Bonzanini Romero
Autor Correspondente: Adriano Lopes Romero | [email protected]

Palavras-chave: Ensino de Química. Cultura científica. Marketing científico.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Estudos recentes na área de Ensino de Ciências indicam ser necessário considerar a cultura científica como parte fundamental da formação dos cidadãos e que uma verdadeira cultura científica não pode ser separada da cultura clássica, mas deve ser considerada como parte integrante e essencial dela. Nesse contexto, o presente ensaio tem como objetivo indicar a potencialidade de supermercados como espaços que contribuem para a formação da cultura científica. Para isto, exploramos alguns termos (colesterol, glúten e fator de proteção solar), comumente observados em embalagens de produtos industrializados, que podem ser utilizados como temas de estudo em disciplinas de Química. Chamamos a atenção para o fato de alguns termos científicos serem utilizados apenas como marketing científico para influenciar a compra do produto, tal como os termos "sem colesterol" e "sem glúten". Defendemos que os supermercados são espaços coadjuvantes de divulgação da ciência e que, no contexto da Educação Básica, podem (e devem) ser entendidos pelos professores de Ciências como um rico espaço para trabalhar a cultura científica, uma vez que a produção dos inúmeros produtos ali contidos possuem muita ciência e tecnologia associadas. Trata-se, portanto, de uma possibilidade que permite ampliar a cultura clássica dos estudantes com a cultura científica, objetivo das disciplinas científicas.



Resumo Inglês:

Recent studies in the area of Science Teaching indicate that it is necessary to consider scientific culture as a fundamental part of the formation of citizens and that a true scientific culture cannot be separated from classical culture, but must be considered as an integral and essential part of it. In this context, this essay aims to indicate the potential of supermarkets as spaces that can contribute to the formation of scientific culture. To do this, we explore some terms (cholesterol, gluten and solar protection factor), commonly observed in the packaging of manufactured products, which can be used as subjects of study within disciplines of Chemistry. We draw attention to the fact that some scientific terms are employed only as scientific marketing topromote the purchase of the product, such as the terms "cholesterol-free" and "gluten-free". We contend that supermarkets as spaces are helpful for the dissemination of science and that, in the context of Elementary School, they can (and should) be seen by Science teachers as a rich space to develop scientific culture, since the production of the numerous products contained in supermarkets is associated with a great deal of science and technology. There exists, therefore, the possibility to permit the expansion of the students' classical culture to include scientific culture, which is the objective held by all scientific disciplines.



Resumo Espanhol:

Algunos estudios recientes en el campo educativo de las ciencias señalan que sería necesario considerar la cultura científica como parte fundamental de la formación de los ciudadanos, y que una verdadera cultura científica no puede separarse de la cultura clásica y, por tanto, debería ser considerada como parte integrante y esencial de ella. En dicho contexto, este ensayo tiene como objetivo señalar la posibilidad de que los supermercados sean espacios que contribuyan a la formación de la cultura científica. Para ello, analizamos algunos términos como "colesterol, gluten y factor de protección solar", que suelen aparecer en envases de productos industrializados y que pueden ser utilizados como asuntos de estudio en materias de química. Llamamos la atención sobre el hecho de que algunos términos científicos se utilizan solo como marketing científico para influir en la compra del producto, como por ejemplo los términos "sin colesterol" y "sin gluten". Creemos que los supermercados deberían ser espacios complementarios para la divulgación científica y que, en el contexto de la educación básica, podrían (y deberían) ser considerados por los profesores de ciencias como espacios fértiles para trabajar a favor de la cultura científica, ya que los numerosos productos que allí se encuentran ofrecen mucha ciencia y tecnología asociadas a su producción. Por tanto, es una posibilidad que permite ampliar la cultura clásica de los estudiantes mediante más cultura científica, objetivo de las materias científicas.