Surdez e Filosofia: entre a coexistência e a simbiose na educação básica

Anãnsi: Revista de Filosofia

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ISSN: 2675-8385
Editor Chefe: Flávio Rocha de Deus
Início Publicação: 13/09/2020
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Filosofia

Surdez e Filosofia: entre a coexistência e a simbiose na educação básica

Ano: 2020 | Volume: 1 | Número: 1
Autores: B. C. M. Modesto
Autor Correspondente: B. C. M. Modesto | [email protected]

Palavras-chave: Educação Inclusiva, Ensino de Filosofia, Filosofia da Educação, Tradução, Surdez.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Partindo de uma análise sócio-histórica da Surdez, é traçado um paralelo entre esta e a Filosofia, enquanto componente curricular no ensino médio. Em seguida, investigam-se as demandas, dificuldades, possibilidades e questões que parecem permanentemente em aberto quanto ao ensino de filosofia, seus fundamentos, funções e efetividade da transposição enquanto recurso didático, de maneira especial, para estudantes surdos. Tem-se o bilinguismo enquanto referencial, todavia, coloca-se em xeque não só a possibilidade e os limites da tradução dos conceitos filosóficos (entre línguas de diferentes modalidades, a saber, orais e de sinais) como a eficiência do ensino de filosofia. Aponta-se por fim, que para o efetivo cumprimento do propósito político e social que lhe é designado, a filosofia, bem como toda a educação básica, deve assumir uma postura simbiótica para com a comunidade surda, de maneira a estender a tal grupo o ideal de autonomia que consta nos documentos oficiais.



Resumo Inglês:

Starting from a socio-historical analysis on Deafness, a parallel is drawn between it and Philosophy, as a curricular component in high school. Then, we investigate the demands, difficulties, possibilities and issues that seem permanently open regarding the teaching of philosophy, its fundamentals, functions and effectiveness of transposition as a didactic resource, especially for deaf students. Bilingualism is used as a reference, however, not only the possibility and limits of the translation of philosophical concepts (between languages of different modalities, namely, oral and sign) are put in check, but also the efficiency of teaching philosophy. Finally, it is pointed out that for the effective fulfillment of the political and social purpose assigned to it, philosophy, as well as each curricular component, must assume a symbiotic stance towards the deaf community, in order to extend to such a group the autonomy ideals that appear in the official documents.