Este texto propõe uma reflexão sobre as relações sociais que podem ser estabelecidas por indivíduos com surdocegueira adquirida e quais são os reflexos da perda sensorial na adaptação do indivíduo em seu contexto e no convívio com os demais. A temática da surdocegueira ainda é pouco abordada nas produções acadêmicas, principalmente quando se refere à surdocegueira adquirida. Tal constatação justifica a urgência e a necessidade de se ampliar o olhar acerca do público mencionado. Empregamos a abordagem qualitativa e de estudo de caso com o uso de entrevista semiestruturada. A partir da entrevista realizada com um indivíduo com surdocegueira adquirida, realizamos a análise em duas categorias principais: (1) escolaridade, trabalho e família e (2) aspectos da vida social: desenvolvimento, comunicação, lazer e amigos. Como resultado, percebemos que os surdocegos adquiridos apresentam dificuldade na aceitação de sua nova condição sensorial e, acima de tudo, em seu processo de interação social, encarando o desafio de readaptar sua forma de se comunicar e se relacionar com a sociedade.
This text proposes a reflection on the social relationships that can be established by individuals with acquired deafblindness and what are the reflexes of sensory loss in the individual's adaptation to his/her context and interaction with others. The theme of deafblindness is still little addressed in academic productions, especially when it comes to acquired deafblindness. This finding justifies the urgency and the need to broaden the perspective of the mentioned public. We employ a qualitative and case study approach using semi-structured interviews. Based on an interview with an individual with acquired deafblindness, we analyzed two main categories: (1) education, work and family and (2) aspects of social life: development, communication, leisure and friends. As a result, we realize that acquired deafblind people have difficulty in accepting their new sensory condition and, above all, in their social interaction process, facing the challenge of readapting their way of communicating and relating to society.
Este texto propone una reflexión sobre las relaciones sociales que pueden establecer los individuos con sordoceguera adquirida y cuáles son los efectos de la pérdida sensorial en la adaptación del individuo a su contexto e interacción con los demás. El tema de la sordoceguera todavía se aborda poco en las producciones académicas, especialmente cuando se trata de sordoceguera adquirida. Este hallazgo justifica la urgencia y la necesidad de ampliar la perspectiva del público mencionado. Empleamos un enfoque cualitativo y de estudio de caso mediante entrevistas semiestructuradas. A partir de una entrevista con una persona con sordoceguera adquirida, analizamos dos categorías principales: (1) educación, trabajo y familia y (2) aspectos de la vida social: desarrollo, comunicación, ocio y amigos. Como resultado, nos damos cuenta de que las personas con sordoceguera adquirida tienen dificultades para aceptar su nueva condición sensorial y, sobre todo, en su proceso de interacción social, afrontando el reto de readaptar su forma de comunicarse y relacionarse con la sociedad.
Ce texte propose une réflexion sur les relations sociales que peuvent établir les individus atteints de surdicécité acquise et quels sont les effets de la perte sensorielle sur l'adaptation de l'individu à son contexte et ses interactions avec les autres. Le thème de la surdicécité est encore peu abordé dans les productions académiques, notamment lorsqu'il s'agit de la surdicécité acquise. Ce constat justifie l'urgence et la nécessité d'élargir la perspective du public évoqué. Nous utilisons une approche qualitative et d'étude de cas en utilisant des entretiens semi-directifs. À partir d'un entretien avec une personne atteinte de surdicécité acquise, nous avons analysé deux catégories principales : (1) l'éducation, le travail et la famille et (2) les aspects de la vie sociale : développement, communication, loisirs et amis. De ce fait, on se rend compte que les personnes sourdaveugles acquises ont du mal à accepter leur nouvelle condition sensorielle et, surtout, dans leur processus d'interaction sociale, face au défi de réadapter leur façon de communiquer et de se rapporter à la société.