Tabus e mitos no ensino de inglês: separando o joio do trigo

Revista Porto das Letras

Endereço:
Rua 03, Jardim dos Ipês, Setor Aeroporto, S/N, Câmpus de Porto Nacional, UFT
Porto Nacional / TO
77.000-000
Site: http://revista.uft.edu.br/index.php/portodasletras/index
Telefone: (63)3363-0566
ISSN: 24480819
Editor Chefe: Carlos Roberto Ludwig
Início Publicação: 31/12/2014
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Letras

Tabus e mitos no ensino de inglês: separando o joio do trigo

Ano: 2015 | Volume: 1 | Número: 2
Autores: L. A. Oliveira
Autor Correspondente: L. A. Oliveira | [email protected]

Palavras-chave: Tabus, mitos, uso da língua materna, ensino de gramática, exercícios estruturais

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este ensaio trata de dois mitos e de dois tabus que circulam entre professores de língua inglesa no Brasil há alguns anos e que são fontes potenciais de decisões didáticas equivocadas. Na primeira seção, discuto o tabu relacionado ao uso da língua materna dos aprendizes na aula de inglês. Resultante do método direto, esse mito pode levar professores brasileiros a interditarem o uso de português na sala de aula. Na seção seguinte, trato do mito segundo o qual as estruturas gramaticais são aprendidas linearmente, uma de cada vez. É um mito legado pelo método audiolingual. Na terceira seção, abordo o mito referente à suposta ausência de ensino formal de gramática na abordagem comunicativa. Desse mito resultou o tabu relacionado ao suposto não uso de atividades estruturais no ensino comunicativo, mito esse que também é foco dessa seção. Discuto as origens e as consequências desses tabus e mitos aqui para expor os equívocos que eles podem levar os professores a cometerem. São mitos e tabus que não condizem com a realidade, teórica ou empírica, e, por isso, precisam ser desconstruídos. As posições teóricas de autores como Diane Larsen-Freeman (1986, 2016), William Littlewood (1995), Christopher Brumfit (1984), Dell Hymes (1991), Sheelagh Deller e Mario Rinvolucri (2002) são trazidas à cena. O artigo traz reflexões sobre os benefícios que o uso da língua materna traz para o professor e para os alunos, defendendo que a gramática precisa ser lecionada formalmente, que as atividades estruturais têm espaço nas aulas comunicativas e que a aprendizagem da gramática não ocorre de maneira linear.



Resumo Inglês:

This essay is about two myths and two taboos that have gone around among English teachers in Brazil for some years and that are potential sources of mistaken didactic decisions. In the first section, I discuss the taboo related to the use of the learners’ mother tongue in the English class, which can lead Brazilian teachers to prohibit the use of Portuguese in the classroom. In the next section, I tackle the myth according to which grammar structures are learned linearly, one after the other. This is a myth bequeathed by the audiolingual method. In the third section, I tackle the myth that refers to the allegedly absence of formal grammar instruction in the communicative approach. This myth resulted in the taboo, also focus of this section, related to the allegedly no use of structural activities in the communicative approach. I discuss the origins and consequences of these myths and taboos in order to expose the mistakes they can lead teachers to make. These myths and taboos do not reflect empirical or theoretical reality and, therefore, need to be deconstructed. The theoretical positions of authors such as Diane Larsen-Freeman (1986, 2016), William Littlewood (1995), Cristopher Brumfit (1984), Dell Hymes (1991), Sheelagh Deller and Mario Rinvolucri (2002) are brought to light. The essay discusses the benefits that the use of the mother tongue brings to the teacher and to the students, defending that grammar should be taught formally, that there is room for structural activities in communicative classes, and that grammar learning does not take place linearly.