Tamanho tumoral e prognóstico em pacientes portadores de tumor de Wilms

Revista Paulista De Pediatria

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ISSN: 1030582
Editor Chefe: NULL
Início Publicação: 31/12/1992
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Medicina

Tamanho tumoral e prognóstico em pacientes portadores de tumor de Wilms

Ano: 2015 | Volume: 33 | Número: 1
Autores: Zen PR et al
Autor Correspondente: Zen PR | [email protected]

Palavras-chave: Tumor de Wilms; Tamanho do órgão; Quimioterapia; Prognóstico; Análise de sobrevida

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Objetivo: Investigar a relac¸ão entre o volume do tumor após a quimioterapia pré-operatória
(VTPOS) e antes da quimioterapia pré-operatória (VTPRE) com sobrevida geral aos dois e cinco
anos e tempo de vida.
Métodos: A amostra foi composta por pacientes consecutivos avaliados de 1989 a 2009, em um
servic¸o de onco-hematologia. Os dados clínicos, histológicos e volumétricos foram coletados
a partir dos registros médicos. Para análise, usaram-se os testes qui-quadrado, Kaplan-Meier,
log-rank e regressão de Cox.
Resultados: A amostra foi composta de 32 pacientes, 53,1% do sexo masculino, com mediana
de idade ao diagnóstico de 43 meses. Houve associac¸ão significativa entre VTPOS >500 mL e a
diferenc¸a entre o VTPRE e VTPOS (p=0,015) e os tipos histológicos de risco (p=0,008). Verificou-
-se também uma associac¸ão entre a diferenc¸a entre o VTPRE e VTPOS e o tumor de predomínio
estromal (p=0,037). Quando se avaliou o VTPOS de todos os pacientes, sem um ponto de corte
definido, observou-se associac¸ão dessa variável com o tempo de vida (p=0,013), isto é, para
cada aumento de 10 mL no VTPOS houve um aumento médio de 2% no risco de morte.
Conclusões: Embora os resultados indiquem que o VTPOS poderia ser considerado um preditor
isolado de mau prognóstico, independentemente do ponto de corte sugerido na literatura, mais
estudos são necessários para substituir a histologia e estadiamento pelo tamanho do tumor
como melhor variável prognóstica.



Resumo Inglês:

Objective: Investigate the relationship of the tumor volume after preoperative chemotherapy
(TVAPQ) and before preoperative chemotherapy (TVBPQ) with overall survival at two and at
five years, and lifetime.
Methods: Our sample consisted of consecutive patients evaluated in the period from 1989 to
2009 in an Onco-Hematology Service. Clinical, histological and volumetric data were collected
from the medical records. For analysis, chi-square, Kaplan-Meier, log-rank and Cox regression
tests were used.
Results: The sample consisted of 32 patients, 53.1% were male with a median age at diagnosis
of 43 months. There was a significant association between TVAPQ >500 mL and the difference
between the TVBPQ and TVAPQ (p=0.015) and histologic types of risk (p=0.008). It was also
verified an association between the difference between the TVBPQ and TVAPQ and the predominant
stromal tumor (p=0.037). When assessing the TVAPQ of all patients, without a cutoff,
there was an association of the variable with lifetime (p=0.013), i.e., for each increase of 10 mL
in TVAPQ there was an average increase of 2% in the risk of death.
Conclusions: Although our results indicate that the TVAPQ could be considered alone as a predictor
of poor prognosis regardless of the cutoff suggested in the literature, more studies are
needed to replace the histology and staging by tumor size as best prognostic variable.