Este artigo tem como objetivo problematizar as questões de gênero e sexualidade que se apresentam na tradução do budismo tibetano para o ocidente. A partir da noção de textos sensíveis (SIMMS, 1997) e sua relevância para tradução de textos ditos sagrados (GOHN, 2001), investigamos como questões sobre os papéis de gênero e de sexualidade são transmitidas e traduzidas ao longo da história do budismo tibetano e sua tradução do tantra budista indiano. Por fim, abordamos a visibilidade de mulheres enquanto tradutoras e pesquisadoras na tradição budista e o seu potencial de resistência a um referencial falogocêntrico (DERRIDA, 1997).