Analisa-se uma experiência que usa a carta como um dos recursos de coleta de informações em pesquisa. O caminho percorrido, no perÃodo de 1996 a 1997, envolveu 16 cartas enviadas pela pesquisadora e 13 cartas como respostas das professoras que representavam os sujeitos investigados. A carta, missiva ou epÃstola ainda tem sido um recurso pouco utilizado na pesquisa, embora alguns estudos dêem conta de que mais recentemente seu uso venha crescendo. As cartas, recolhidas pelo movimento da pesquisa desenvolvida, trouxeram à tona um entrecruzamento de histórias de leitoras-professoras que, em alguns momentos, assemelham-se e, em outros, diferenciam-se, num movimento natural de histórias que são marcadas também por outras vozes e por diferentes tempos, espaços e trilhas percorridas. O uso da carta revelou-se, assim, como um gênero que estabeleceu elos de encantamentos, entrecruzamento de relações afetiva e cultural entre a pesquisadora e as professoras, e alternativas de autoformação.
The text shares an experience in which letters were used as one of the means for collecting information for an investigation. The period of investigation went from 1996 to 1997 and involved 16 letters sent by the researcher and 13 letters received in response from the research subjects. Letters, missives or epistles are a resource rarely used in research, though some studies report that lately their use has been growing. The letters collected in this study reflected a crisscrossing of reader-professor histories, as they were sometimes similar and sometimes different, in the natural movement of histories that were also underscored by other voices and by different times, spaces and transposed pathways. The use of letters showed itself to be a generator of links of enchantments, of the crisscrossing of affective and cultural relationships between the investigator and the professors and a self-education alternative.
El texto comparte una experiencia que usa la carta como uno de los recursos para recolectar información en investigaciones. El camino recorrido, en el perÃodo de 1996 a 1997, constó de 16 cartas enviadas por la investigadora y 13 cartas como respuesta de las profesoras que componÃan los sujetos investigados. La carta, misiva o epÃstola ha sido un recurso poco utilizado en investigación, aunque algunos estudios indiquen que más recientemente su uso está creciendo. Las cartas, recolectadas por el movimiento de esa investigación, revelaron un entrecruzamiento de historias de lectoras-profesoras que, en algunos momentos, se asemejaban y, en otros, se diferenciaban, en un movimiento natural de historias que son marcadas también por otras voces y por diferentes tiempos, espacios y caminos recorridos. El uso de la carta se haya revelado como un género que estableció eslabones de encantamientos, entrecruzamiento de relaciones afectivas y culturales entre la investigadora, profesoras y alternativas de autoformación.