Esse artigo salienta a pesquisa, desenvolvida em processo de Mestrado, que refletiu sobre o trabalho realizado no Grupo Teatro Entre Elas, residente na Associação Cultural Casa do Beco, no campo do Teatro em Comunidades, a partir dos apontamentos levantados por Nogueira (2008), entrelaçados à noção de “partilha do sensível”, postulada por Rancière (2009). Pensar o Teatro Entre Elas no campo do Teatro em Comunidades e este como uma partilha do sensível é uma reflexão que abrange o fazer artístico, e a dimensão política que atravessa a existência desse grupo de mulheres. Para tanto, narro o trabalho desenvolvido no Grupo, destacando a remontagem da peça “Quando eu vim para um Belo Horizonte”, e teço reflexões sobre sua relação com o campo do Teatro em Comunidades e este como uma partilha do sensível. Trata-se, portanto, de uma narrativa que buscou contribuir para a discussão de práticas que acontecem em contextos comunitários e que fazem emergir vozes e corpos antes silenciados e ignorados.
This article ensure the research, developed in master’s degree in progress, that had reflected about the work presented at the group “Teatro Entre Elas”, taking place at Associação Cultural Casa do Beco, (House of the Alley Cultural Associ-ation), in the field of Theaters in Communities, according of notes raised by Nogueira (2008), intertwined by a notion of “sensitive sharing” postulated by Rancière (2009). To think about the group “Teatro Entre Elas” in the theater department in the communities such as a sensitive sharing is a reflection that comprises artistry and political dimensions, crossing this women’s group existence. Therefore, I relate the work developed at the Group, highlighting the remembrances of the play “Quando eu vim para um Belo Horizonte” (When I’ve came to a beautiful horizon), and I weave reflections towards its relation with the field of Theater in Communities and that as a sensitive sharing. It is however, from a narrative that sought to contribute for a discussion of practices that occur in communitarian contexts, and create an emersion of voices and bodies until then silenced and ignored.