O uso de tecnologias digitais tem se tornado cada vez mais presente na vida cotidiana das crianças, impactando diretamente suas formas de brincar, interagir, comunicar e aprender. Na Educação Infantil, essa presença crescente suscita debates sobre os limites, possibilidades e impactos no desenvolvimento integral infantil. Este trabalho analisa criticamente a inserção da tecnologia nas práticas pedagógicas voltadas às crianças pequenas, com base em aportes teóricos de autores como Vygotsky, Papert e Lévy, além de diretrizes como a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e orientações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). A pesquisa, de caráter qualitativo e bibliográfico, evidencia que as tecnologias digitais, quando utilizadas com intencionalidade pedagógica e mediação adequada, podem ampliar experiências de aprendizagem, estimular a criatividade e favorecer a inclusão. No entanto, também impõem desafios significativos, especialmente relacionados ao uso excessivo de telas, à diminuição das interações presenciais e ao empobrecimento das experiências sensoriais e motoras, essenciais nessa etapa do desenvolvimento. O papel do educador é central nesse processo, atuando como mediador crítico e responsável na seleção, planejamento e acompanhamento das práticas que envolvem o uso da tecnologia com crianças. Dessa forma, destaca-se a importância de um uso equilibrado, ético e consciente dos recursos digitais na Educação Infantil, assegurando que os direitos da criança à brincadeira, à convivência e à expressão sejam respeitados e garantidos.