Tecnologias de Gestão do Crime, Da Escola de Chicago à São Paulo do Século XXI

Ponto Urbe

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ISSN: 19813341
Editor Chefe: Profª. Drª. Silvana de Souza Nascimento
Início Publicação: 06/08/2007
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Antropologia

Tecnologias de Gestão do Crime, Da Escola de Chicago à São Paulo do Século XXI

Ano: 2020 | Volume: 1 | Número: 26
Autores: K. Biondi
Autor Correspondente: K. Biondi | [email protected]

Palavras-chave: crime, escola de chicago, antropologia urbana, mapeamentos

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Um dos principais temas de pesquisa da Escola de Chicago era a questão do crime e da delinquência. Toda uma tecnologia social foi elaborada a partir dessas preocupações e permanece como base não só para estudos urbanos como também para boas práticas de gestão das cidades. Neste artigo, pontuarei alguns aspectos dessa tecnologia para mostrar como ela está alicerçada em práticas de conhecimento ocidentais modernos. Em seguida, mostrarei a herança dessas práticas na gestão do crime na São Paulo do século XXI, bem como algumas de suas consequências na vida das pessoas junto as quais realizei minha pesquisa de campo. Finalmente, argumentarei que uma etnografia que confira primazia à perspectiva dos atores envolvidos (mobilizando, portanto, outros saberes) é capaz de produzir resultados diversos daqueles elaborados tanto pela Escola de Chicago quanto pelos seus herdeiros preocupados com a boa gestão das cidades e com o controle do crime e da delinquência.



Resumo Inglês:

One of the main research topics at the Chicago School was the issue of crime and delinquency. A social technology has been built on these concerns and remains the basis for urban studies and for a good management practices of cities. In this article, I will present some aspects of this technology to show how it is grounded in modern Western knowledge practices. Then, I will show the inheritance of these practices in crime management in 21st century São Paulo, as well as some of their consequences on the lives of the people with whom I conducted my fieldwork. Finally, I will argue that an ethnography that gives primacy to the perspective of the actors involved (thus mobilizing other knowledge) can produce results different from those elaborated by both the Chicago School and its heirs concerned with the good management of cities and the control of crime and delinquency.