A proposta deste artigo é compreender, a partir do contexto da pandemia de covid-19, os procedimentos adotados pelos produtores de telejornalismo em seis emissoras de Belém (PA) para combater a desinformação em conteúdos recebidos via WhatsApp. As discussões são feitas à luz dos conceitos ‘Desordem Informacional’ (WARDLE e DERAKHSHAN, 2017; WARDLE, 2019) e ‘Pseudojornalismo’ (TRÄSEL, 2018). Para chegar aos objetivos desta pesquisa, adotou-se metodologia de abordagem mista, aplicando-se um questionário on-line no primeiro semestre de 2022, que alcançou 28 respondentes-cerca da metade dos produtores de TV da capital paraense. Os principais resultados deste levantamento indicam que todos os respondentes utilizam o WhatsApp em suas rotinas de apuração e que o aplicativo ganhou relevância na crise sanitária de covid-19. Sinalizam, ainda, que esses profissionais se sentem responsáveis pelo combate à desinformação, mas enfrentam certos conflitos nos processos de apuração, sobretudo pelo acúmulo de funções e precarização do cargo.
This article aims to understand, from the context of the covid-19 pandemic, the procedures adopted by telejournalism producers in six broadcasters in Belém (Pará, Brazil) to combat disinformation in content received through WhatsApp. The discussions are guided by the concepts of 'Information Disorder' (WARDLE and DERAKHSHAN, 2017; WARDLE, 2019) and 'Pseudo-journalism' (TRÄSEL, 2018). To reach the objectives of this research, a mixed approach methodology was adopted, applying an online survey in the first semester of 2022, which reached 28 respondents -almost 50% of the TV producers in Belém. The main results of this research indicate that all respondents use WhatsApp in their fact-checking process and that the app has become more relevant in the covid-19 health crisis. They also indicate that these professionals feel responsible for fighting disinformation, but face certain conflicts in the investigationprocesses, especially due to the accumulation of duties and the precariousness of work.
El objetivo de este artículo es comprender, a partir del contexto de la pandemia de covid-19, los procedimientos adoptados por los productores de teleperiodismo en seis emisoras de Belém (PA) para combatir la desinformación en los contenidos recibidos a través de WhatsApp. Las discusiones se realizan a la luz de los conceptos 'Trastorno Informacional' (WARDLE y DERAKHSHAN, 2017; WARDLE, 2019) y 'Pseudoperiodismo' (TRÄSEL, 2018). Para alcanzar los objetivos de esta investigación, se adoptó una metodología de enfoque mixto, aplicando un cuestionario en línea en el primer semestre de 2022, que llegó a 28 encuestados, aproximadamente la mitad de los productores de TV en la capital de Pará. Los principales resultados de esta encuesta indican que todos los encuestados utilizan WhatsApp en sus rutinas de verificación y que la aplicación ha ganado relevancia en la crisis sanitaria del covid-19. También indican que estos profesionales se sienten responsables de combatir la desinformación, pero enfrentan ciertos conflictos en los procesos de investigación, especialmente por la acumulación de funciones y la precariedad del cargo.