O objetivo deste estudo foi quantificar a carga de morbidade total de internação por doenças respiratórias atribuÃvel a temperatura ambiente não-ideal e as contribuições relativas de calor e frio e de temperaturas moderadas e extremas. Foram coletados dados diários das cidades de Mato Grosso do Sul e de temperaturas máxima e mÃnimas do ar. Para verificar esta relação utilizou-se o modelo aditivo generalizado de regressão de quasi Poisson. A análise foi ajustada para sazonalidades de longa e curta duração, temperaturas mÃnima e máxima, sendo adotado nÃvel de significância α=5%. Calculou-se internações atribuÃveis para calor e frio, definidas como temperaturas acima e abaixo da temperatura óptima e para temperaturas moderadas e extremos, definidos usando ponto de corte o 2, 5 th e 97, 5 th• percentis. Foram analisados 148.849 internações em vários perÃodos entre 2004 e 2009. No total, 6,62% (95% de IC- 6.53-6.82) deveu-se a temperatura não óptima nas cidades selecionadas. O percentil temperatura de morbidade mÃnima variou de aproximadamente o 60º percentil. As temperaturas atribuÃveis para internação foram causadas pelo frio (6,38%, 95% de IC 6,04-6,58)do que pelo calor (0,39%, 0,28-0,42). Temperaturas quentes e frias extremas foram responsáveis por (0,75%; 0,71-0,79%). da morbidade total.