Este artigo explora dois aspectos constitutivos da “teoria da modernidade†proposta pelo historiador alemão Reinhart Koselleck. O primeiro corresponde à sua interpretação da emergência da noção de “tempo históricoâ€; e o segundo, a seu argumento acerca da crise sociopolÃtica que se instaura a partir da tendência moderna a recorrer a filosofias da história para sustentar programas de ação polÃtica. Procurar-se-á demonstrar que Koselleck, ao mesmo tempo em que saúda a descoberta/invenção – pelas filosofias da história do século XVIII – de uma “história humanaâ€, condena a instrumentalização polÃtica dessas mesmas filosofias como o vetor de uma crise que se estende da Revolução Francesa até a Guerra Fria. À guisa de conclusão, sugerem-se alguns pontos de aproximação entre a visão da modernidade de Koselleck e aquela da filósofa Hannah Arendt.
This article explores two inherent aspects of the theory of modernity proposed by the German
historian Reinhart Koselleck. The first one corresponds to his interpretation of the emergence of
the notion of “historical timeâ€; and the second one, to his argument on the sociopolitical crisis set
off by the modern tendency to use philosophies of history as support for programs of political
action. It will be shown that Koselleck, while saluting the discovery/invention by the 18th century
philosophies of history of a “human historyâ€, condemns the political instrumentalization of those
philosophies as the vector of a crisis that extends itself from the French Revolution up to the Cold
War. As a conclusion, a few points of contact between Koselleck’s vision of modernity and that of
the philosopher Hannah Arendt are suggested.