Este é um estudo sobre as tensões étnicas no mundo do trabalho na cidade de Porto Alegre, entre 1890
e 1900. A partir da análise de dois processos criminais, a pesquisa busca explorar a persistência do componente
étnico da identidade social entre nacionais e imigrantes nos momentos de contato intergrupal em ambientes de
trabalho. Isso significa tratar as relações interétnicas como um fenômeno social em permanente tensão entre
sujeitos e grupos sociais. As considerações apontam para a necessidade de incorporar as diferentes perspectivas
dos réus, ofendidos e testemunhas, que viviam e percebiam a realidade de diferentes coordenadas.