TENSÕES E DISPUTAS: OS PROFESSORES E OS LIVROS ESCOLARES NO SÉCULO XIX

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ISSN: 1984-767X
Editor Chefe: Rangel Cerceau Netto
Início Publicação: 30/06/2008
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Multidisciplinar

TENSÕES E DISPUTAS: OS PROFESSORES E OS LIVROS ESCOLARES NO SÉCULO XIX

Ano: 2010 | Volume: 3 | Número: 2
Autores: D. C. de A. Lemos
Autor Correspondente: D. C. de A. Lemos | [email protected]

Palavras-chave: Livros escolares; educação no século XIX; escola primária.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo apresenta um estudo sobre os processos e trajetórias dos livros escolares, em meados do século XIX, nas escolas da Corte, procurando por meio da análise deste percurso, compreender as tensões e disputas sobre as escolhas dos livros e a participação dos professores públicos primários. Procuro analisar as condições de aparecimento e de permanência do livro na ordem escolar no Brasil, me detendo no exame das regras que presidiam o seu funcionamento de modo a refletir, na perspectiva da história, acerca das ações de escolarização e da emergência do livro escolar, que indo além dos regulamentos e premissas do Estado, contou com a intervenção de professores, nesse caso, participando, propondo e, queixando-se acerca de tais objetos. Assim sendo, almejo analisar a trajetória de adoção do livro escolar, segundo os pressupostos oficiais, recuperando também as intervenções dos professores em um processo entre as práticas e as tensões. Para o desenvolvimento de tal proposta, utilizo como fontes à lei de 1854 que regeu a instrução primária e secundária do Município da Corte e que regulamentou a utilização dos livros nas escolas no período estudado, de 1854 a 1877, as atas da Inspetoria Geral da Instrução Primária e Secundária da Corte, a correspondência entre professores e o conselho diretor da Inspetoria Geral da Instrução Primária e Secundária da Corte, e a versão impressa do Manifesto dos Professores publicada em 1871 pela Typografia J. Villeneuve& Cia e, trechos deste mesmo documento encontrados no jornal pedagógico “A Verdadeira Instrucção Publica” do ano de 1872, de circulação na Corte e na