Este artigo é resultado de trabalho de campo realizado numa academia de dança de Niterói (RJ) por meio de “participação observante” e entrevistas com professoras de balé clássico. Visa apresentar as dinâmicas de sociabilidade que se produzem nesse espaço, geralmente ofuscado por contextos profissionais, apesar de ser a principal alternativa das pessoas que trabalham com o balé clássico ou fazem aula desta modalidade de dança. Busca-se compreender como os termos disciplina e descontração são acionados e colocados em relação em um contexto de ensino que não tem por objetivo a formação de bailarinos clássicos profissionais; o que é analisado à luz da “tensão entre iluminismo e romantismo” na cultura ocidental moderna.