As discussões sobre as interfaces da teologia com as ciências sociais no estudo da religião em distintos espaços acadêmicos do Brasil, expressam bem o atual estatuto do estudo das religiões em nosso PaÃs. De fato, as ciências possuem nesses espaços um passado marcadamente positivista, onde só é cientÃfico o que é experimentável, quantificável, formalizável, reproduzÃvel e, no caso das ciências humanas, o que é documentado e explicado por causa e efeito. É a partir deste passado positivista que a religião era estudada entre nós, sem contar o ostracismo ao qual foi relegada a teologia no Brasil por causa das vicissitudes da relação Igreja e Estado. Tudo isso parece mudar nas últimas décadas, se considerarmos o surgimento de programas de pós-graduação em ciências da religião e em teologia credenciados pela Capes, o reconhecimento de cursos de teologia pelo MEC e a formação, em programas de pós-graduação de nossas universidades, de núcleos de pesquisa sobre a religião.