O presente artigo visa analisar a teoria crítica da sociedade capitalista de Karl Marx entre os anos de 1845 e 1849. Nesses marcos, e próximos às interpretações de Daniel Bensaïd e Moishe Postone, buscaremos analisar a emergência de uma nova filosofia materialista de Marx após 1845, destacando em particular sua concepção crítica sobre a história, sobre o trabalho assalariado e capital e o estatuto do conceito de luta de classes. Tomando como base textos do próprio autor no período, estabeleceremos um diálogo com algumas interpretações daqueles que se reivindicam críticos e herdeiros da filosofia marxiana, buscando contribuir para compreender o que poderia ser caracterizada como uma teoria crítica e revolucionária da sociedade capitalista em Marx. A partir dessa análise e caracterização, que se distingue daquela tradição entendida como uma teoria tradicional, torna-se possível destacar a atualidade da filosofia marxiana contemporaneamente, bem como a possibilidade de emergência de novas relações de produção da sociedade emancipadoras e emancipadas enquanto teoria revolucionária.