TEORIA DO SER PRIMORDIAL COMO TAREFA SUPREMA DE UMA FILOSOFIA SISTEMÁTICOESTRUTURAL

Síntese

Endereço:
Av. Dr. Cristiano Guimarães, 2127 - Planalto
Belo Horizonte / MG
31720300
Site: http://periodicos.faje.edu.br/index.php/Sintese
Telefone: (31) 3115-7054
ISSN: 2176-9389
Editor Chefe: Luiz Carlos Sureki
Início Publicação: 31/12/1973
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Filosofia

TEORIA DO SER PRIMORDIAL COMO TAREFA SUPREMA DE UMA FILOSOFIA SISTEMÁTICOESTRUTURAL

Ano: 2012 | Volume: 39 | Número: 123
Autores: Manfredo Araújo de Oliveira
Autor Correspondente: Manfredo Araújo de Oliveira | [email protected]

Palavras-chave: Sujeito, linguagem, metafísica, Heidegger, B. Puntel, Ser Primordial.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Heidegger afirma que a fenomenologia pretende radicalizar o pensamento moderno, aquele tipo de filosofia que se diferencia do pensamento da tradição por tomar a subjetividade como referencia necessária para falar sobre o mundo, a realidade, o ser, ou seja, por instituir a centralidade do sujeito na filosofia. Desde o inicio sua preocupação primeira foi a superação desse quadro teórico da filosofia da subjetividade na busca de articulação de uma nova forma de pensar, uma “filosofia do Ser” em que deve desaparecer o privilegio da subjetividade transcendental. A pergunta que o texto levanta e se Heidegger realmente pensou o que ele considera o objeto fundamental da filosofia. O presente ensaio pretende expor em suas linhas básicas a teoria do Ser Primordial de L. B. Puntel no contexto da critica a metafisica e, sobretudo, da retomada da filosofia do Ser e sua insuficiência no pensamento de M. Heidegger. A consequência de maior alcance desta proposta para uma teoria filosófica se efetiva como virada radical em relação ao quadro teórico da filosofia transcendental. A transformação se efetiva com a mudança radical de centro: não o sujeito, mas a linguagem constitui o centro da estruturação de uma teoria filosófica o que tem como implicação a despotencialização do sujeito e a abertura do espaço para a articulação de uma Teoria do Ser.



Resumo Inglês:

For Heidegger, phenomenology seeks to radicalize modern thinking, which distinguishes itself from traditional thinking by taking subjectivity as the necessary reference to comprehend the world, reality, the being, and by asserting the centrality of the subject in philosophy. From the beginning, his primary concern was to overcome the theoretical framework of the philosophy of subjectivity in order to find a new way of thinking, a “philosophy of the being”, in which the supremacy of transcendental subjectivity should disappear. This article questions if Heidegger really thought what he proposed as (being) the fundamental object of philosophy. It also intends to outline L.B. Puntel’s theory of the Primordial Being, as a critical approach to metaphysics and more particularly, as a continuation of the Philosophy of the Being that was insufficiently developed by M. Heidegger. The most important consequence of this proposal, in terms of philosophical theory, is that it marks a radical turn in relation to the theoretical framework of transcendental philosophy. Such a transformation radically changes the focus: instead of the subject, it is language that is at the core of philosophical theory, which implies a disempowerment of the subject and an opening to articulate a Theory of the Being.