Em meados dos anos 1990, o jornalista americano Thomas Friedman, ao abordar os primeiros efeitos da globalização na geopolítica, identificou um fato que rapidamente chamou a atenção dos estudiosos das relações internacionais: a constatação de que países com restaurantes McDonald's não guerreiam entre si. Associando a disseminação da rede de fast food McDonald's como indicador de crescimento econômico e estabilidade política das nações, o autor formulou a hoje conhecida teoria dos Arcos Dourados da Prevenção de Conflitos. Este artigo busca levantar questionamentos relacionando essa teoria com o terrorismo no século XXI, a partir da identificação dos terroristas como indivíduos excluídos da sociedade de consumo representada pelo McDonald's.
In the mid-1990s, the American journalist Thomas Friedman, in addressing the first effects of globalization on geopolitics, identified a fact that quickly caught the eye of international scholars: the realization that countries with McDonald's restaurants do not wage war on each other. Associating the spread of the McDonald's fast food chain as an indicator of economic growth and political stability of nations, the author formulated the now famous Golden Arches of Conflict Prevention theory. This article seeks to raise questions relating this theory to XXI century terrorism from the identification of terrorists as individuals excluded from the consumer society represented by McDonald's.