TEORIAS CONSPIRATÓRIAS NA ERA DIGITAL: REFLEXÕES SOBRE O PAPEL DA GEOGRAFIA ESCOLAR FRENTE A DESMISTIFICAÇÃO DA TEORIA DA TERRA PLANA

Revista Tamoios

Endereço:
Rua Dr. Francisco Portela, 1470 - Patronato
São Gonçalo / RJ
24435-005
Site: https://www.e-publicacoes.uerj.br/ojs/index.php/tamoios/index
Telefone: (21) 3705-2227
ISSN: 1980-4490
Editor Chefe: Eduardo Karol
Início Publicação: 31/05/2005
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Geografia

TEORIAS CONSPIRATÓRIAS NA ERA DIGITAL: REFLEXÕES SOBRE O PAPEL DA GEOGRAFIA ESCOLAR FRENTE A DESMISTIFICAÇÃO DA TEORIA DA TERRA PLANA

Ano: 2021 | Volume: 17 | Número: 1
Autores: L.B. Oliveira
Autor Correspondente: L.B. Oliveira | [email protected]

Palavras-chave: Teoria da conspiração, geografia escolar, forma da terra, terra plana.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente artigo consiste em uma análise sobre a possível contribuição da geografia escolar frente a desmistificação de teorias conspiratórias da era digital, com destaque para a teoria da terra plana. Ao longo do texto são abordados os impactos das teorias conspiratórias na sociedade atual; a influência da informática na popularização dessas teorias; as descobertas científicas que respaldam o consenso atual sobre a forma da terra; os descaminhos e as perspectivas da educação brasileira com relação a formação do senso crítico para a filtragem de informações da internet e para o entendimento concreto sobre a importância da ciência para a sociedade; e, por fim, o papel da geografia escolar frente a este desafio. Toda a concepção deste estudo se fundamenta no método materialista histórico dialético. Os principais referenciais utilizados para embasar essa análise foram: o conceito de encapsulação do ensino de Yrjo Engeström, o conceito de aprendizagem significativa de David Ausubel e a nova organização curricular introduzida pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) publicada em 2018. Concluiu-se que a geografia escolar possui o repertório necessário à introdução de debates para a desmistificação de grande parte das teorias conspiratórias em voga, sobretudo a teoria da terra plana. A BNCC, por sua vez, traz o respaldo necessário a elaboração de soluções didáticas para a instrumentalização dos alunos em relação a triagem das informações que circulam nas mídias digitais. Cabe aos diretores, coordenadores e professores se conscientizarem quanto ao problema e introduzirem os debates sobre esses temas em sala de aula, de forma a promover a dialética para um efetivo aprendizado significativo e a consequente a blindagem em relação as teorias conspiratórias da internet.



Resumo Inglês:

This article consists of an analysis of the possible contribution of school geography to the demystification of conspiracy theories of the digital age, with emphasis on the flat earth theory. Throughout the text, the impacts of conspiracy theories on today's society are addressed; the influence of information technology in the popularization of these theories; the scientific discoveries that support the current consensus on the shape of the land; the deviations and perspectives of Brazilian education in relation to the formation of a critical sense for filtering information from the internet and for a concrete understanding of the importance of science for society; and, finally, the role of school geography in facing this challenge. The whole conception of this study is based on the dialectical historical materialist method. The main references used to support this analysis were: the concept of encapsulating the teaching of Yrjo Engeström, the concept of significant learning by David Ausubel and the new curricular organization introduced by the National Common Curricular Base (BNCC) published in 2018. It was concluded that school geography has the necessary repertoire to introduce debates to demystify most of the conspiracy theories in vogue, especially the flat land theory. The BNCC, in turn, provides the necessary support for the elaboration of didactic solutions for the instrumentalization of students in relation to the discernment regarding the information that circulates in digital media. It is up to the principals, coordinators and teachers to become aware of the problem and introduce the debates on these themes in the classroom, in order to promote the dialectic for effective meaningful learning and the consequent shielding in relation to the conspiracy theories of the internet.



Resumo Espanhol:

Este artículo consiste en un análisis de la posible contribucion de la geografía escolar a la desmitificación de las teorías de conspiración de la era digital, con énfasis en la teoría de la tierra plana. A lo largo del texto, se abordan los impactos de las teorías de conspiración en la sociedad actual; la influencia de la tecnología de la información en la popularización de estas teorías; los descubrimientos científicos que respaldan el consenso actual sobre la forma de la tierra; las desviaciones y perspectivas de la educación brasileña en relación con la formación de un sentido crítico para filtrar información de internet y para una comprensión concreta de la importancia de la ciencia para la sociedad; y, finalmente, el papel de la geografía escolar para enfrentar este desafío. Toda la concepción de este estudio se basa en el método dialéctico materialista histórico. Las principales referencias utilizadas para apoyar este análisis fueron: el concepto de encapsular la enseñanza de Yrjo Engeström, el concepto de aprendizaje significativo de David Ausubel y la nueva organización curricular introducida por la Base Curricular Común Nacional (BNCC) publicada en 2018. Se concluyó que la geografía escolar tiene el repertorio necesario para introducir debates que desmitifiquen la mayoría de las teorías de la conspiración en boga, especialmente la teoría de la tierra plana. La BNCC, a su vez, brinda el apoyo necesario para la elaboración de soluciones didácticas para la instrumentalización de los estudiantes en relación al discernimiento sobre la información que circula en los medios digitales. Corresponde a los directores, coordinadores y docentes tomar conciencia de la problemática e introducir los debates sobre estos temas en el aula, con el fin de promover la dialéctica para un aprendizaje significativo efectivo y el consiguiente blindaje en relación a las teorías conspirativas de internet.