O principal objetivo deste artigo é analisar as influências implícitas nas bases de construção do
Protocolo de Kyoto a partir de três vertentes da economia: economia ambiental neoclássica, a
economia ecológica e economia institucionalista. A partir desta análise foi possível compreender
e fomentar a discussão sobre a lógica pela qual surgiu o protocolo e como foram desenvolvidos
seus instrumentos de atuação. Verificou-se que a pr
oposta apresenta-se como uma instituição
que tem como ponto de partida princípios que mais se assemelham à abordagem da economia
ecológica, haja vista o próprio intento de prevenção/contenção do aquecimento global ao qual
se propõe. No entanto, apesar de almejar objetivos mais amplos, a racionalidade econômica e os
princípios nos quais se baseiam a economia neoclássica ainda prevaleceram, sob a forma de
instrumentos e mecanismos de mercado.