A procrastinação é um problema comum de autorregulação envolvendo o adiamento desnecessário e voluntário no início ou na conclusão de tarefas importantes, apesar do reconhecimento das consequências negativas desse atraso. Bastante prevalente, 20% das pessoas procrastinam cronicamente e em torno de 50% dos estudantes procrastinam tarefas acadêmicas constantemente. A procrastinação tem um impacto negativo no desempenho do indivíduo, está associada a maior nível de estresse, pior desfecho de saúde mental e física, prejuízo financeiro e menor satisfação com a vida. Esta revisão sistemática analisou ensaios clínicos sobre as intervenções cognitivo-comportamentais para a diminuição da procrastinação. A busca foi realizada nas bases PubMed, PsycINFO, Scopus e Web of Science. Foram selecionados 10 artigos, dos quais cinco focaram em procrastinação acadêmica, três em procrastinação de forma geral, um em procrastinação na hora de dormir e um em procrastinação decisória e no local de trabalho. Foi observada grande heterogeneidade em relação aos desenhos de pesquisa, conteúdo e amostragem. Os grupos experimentais envolviam terapia de aceitação e compromisso, terapia cognitivo-comportamental, mindfulness e intervenções focadas na regulação emocional. Todos os estudos apresentaram redução da procrastinação. Recomenda-se que pesquisas futuras investiguem mais amplamente outros tipos de procrastinação além da procrastinação acadêmica.
Procrastination is a common self-regulation problem involving unnecessary and voluntary delay in starting or completing important tasks, despite recognizing the negative consequences of such delay. Highly prevalent, 20% of people procrastinate chronically, and around 50% of students consistently procrastinate on academic tasks. Procrastination has a negative impact on individual performance, and is associated with higher levels of stress, worse mental and physical health outcomes, financial loss, and lower life satisfaction. This systematic review analyzed clinical trials on cognitive-behavioral interventions aimed at reducing procrastination. The search was conducted in the PubMed, PsycINFO, Scopus, and Web of Science databases. Ten articles were selected, of which 5 focused on academic procrastination, 3 on general procrastination, 1 on bedtime procrastination, and 1 on decisional and workplace procrastination. A great deal of heterogeneity was observed regarding research designs, content, and sampling. The experimental groups included acceptance and commitment therapy, cognitive-behavioral therapy, mindfulness, and interventions focused on emotional regulation. All studies reported a reduction in procrastination. It is recommended that future studies more broadly investigate other types of procrastination beyond academic procrastination.
La procrastinación es un problema común de autorregulación que implica el aplazamiento innecesario y voluntario al comenzar o concluir tareas importantes, a pesar del reconocimiento de las consecuencias negativas de este retraso. El 20% de las personas procrastinan crónicamente y cerca del 50% de los estudiantes procrastinan tareas académicas constantemente. La procrastinación tiene un impacto negativo en el desempeño del individuo, está asociada con mayores niveles de estrés, peores resultados en salud mental y física, pérdidas financieras y menor satisfacción con la vida. Esta revisión analizó ensayos clínicos sobre intervenciones cognitivo-conductuales para reducir la procrastinación. La búsqueda se realizó en las bases PubMed, PsycINFO, Scopus y Web of Science. Se seleccionaron 10 artículos, 5 centrados en procrastinación académica, 3 en procrastinación general, 1 en procrastinación al momento de dormir y 1 en procrastinación decisional y en el lugar de trabajo. Se observó gran heterogeneidad en los diseños de investigación, contenido y muestreo. Los grupos experimentales incluyeron terapia de aceptación y compromiso, terapia cognitivo-conductual, mindfulness e intervenciones centradas en la regulación emocional. Todos los estudios mostraron reducción en la procrastinación. Se recomienda que futuros estudios investiguen de manera más ampla otros tipos de procrastinación además de la académica.