A Pandemia da COVID-19 agravou a situação pela qual o Sistema Único da Assistência Social (SUAS) já vinha passando nos últimos anos, exigindo dos profissionais, do poder público e dos usuários necessária mobilização para garantia dos direitos conquistados. Com base nisso, O Laboratório de Práticas Emancipatórias e Territoriais (LAPET) propôs um projeto formativo piloto com os trabalhadores de um Centro de Referência da Assistência Social que compõem a Proteção Social Básica no município de Pelotas durante a pandemia. Para tanto, foram realizadas quatro Oficinas Emancipatórias semanais na modalidade virtual, somadas às intervenções grupais pelo WhatsApp e entrevistas individuais por telefone. Os resultados preliminares apontaram a relevância do tônus moral, inerente à luta pelo reconhecimento público das ações e programas desenvolvidos naquele CRAS, contradições inerentes à Assistência Social no Brasil, burocracias/ideologias que enfraquecem a finalidade emancipatória do trabalho, e o imperativo de se criarem ferramentas de trabalho coletivas e intersetoriais. Além disso, por se tratar de experiência piloto, necessidades de ajustes metodológicos foram problematizadas, destacando os limites e possibilidades das intervenções mediadas por plataformas digitais.