Graciliano Ramos, autor cânone da literatura brasileira, é mais reconhecido por suas produções literárias adultas, como Vidas Secas, São Bernardo, Memórias do Cárcere. Contudo, Ramos também deixou para seus leitores, narrativas destinadas ao público infantil, como Histórias de Alexandre, A terra dos meninos pelados, Pequena História da República, e os contos “Minsk” e “Luciana”. Refletindo sobre como a crítica vem privilegiando algumas obras de Graciliano Ramos em suas análises e deixando à margem, principalmente, as narrativas infantis, resolvemos ponderar e pensar o projeto estético graciliânico e como esse perpassa necessariamente todas as suas produções literárias e também como a análise de um Estado de exceção ultrapassa o conceito clássico exposto por alguns teóricos, como Giorgio Agamben.
Graciliano Ramos, canon author of Brazilian literature, is more recognized for his adult literary productions, such as “Vidas Secas”, “São Bernardo”, “Memórias do Cárcere”. However, Ramos also left to his readers, narratives aimed at children's audiences, such as “Histórias de Alexandre”, “A terra dos meninos pelados”, “Pequena História da República”, and the short stories "Minsk" and "Luciana." Reflecting on how criticism has favored some of Graciliano Ramos' works in his analysis and leaving aside, especially, children's narratives, we have decided to ponder and think about the Graciliano Ramos aesthetic project and how this necessarily pervades all his literary productions and also as the analysis of an Exception State goes beyond the classical concept put forward by some theorists, such as Giorgio Agamben.