TERRA PODE TER NOME DE MULHER?

Manduarisawa

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ISSN: 2527-2640
Editor Chefe: Monize Melo da Silva Chaves
Início Publicação: 22/09/2017
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas

TERRA PODE TER NOME DE MULHER?

Ano: 2020 | Volume: 4 | Número: 1
Autores: Henrique Dias Sobral Silva
Autor Correspondente: Henrique Dias Sobral Silva | [email protected]

Palavras-chave: Colonização dirigida. História das mulheres. Direito à propriedade.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo apresenta reflexões sobre a questão das mulheres e a propriedade da terra em uma experiência de colonização dirigida pela União, durante o Governo Vargas (1930- 1945), no núcleo colonial de Santa Cruz, estado do Rio de Janeiro. Para analisar as experiências e os projetos camponeses dessas mulheres, será empregada uma abordagem metodológica tributária da história social, na qual serão analisadas táticas e estratégias construídas por essas personagens em suas lutas cotidianas. Dessa forma, essa discussão será realizada a partir da exposição das histórias de quatro mulheres, com distintas experiências e condições socioeconômicas, todas atravessadas pela questão da terra. Nossas considerações apontam que, no período em apreciação, a segregação dos direitos para a mulher do campo pode ser melhor explicada através da manutenção de uma mentalidade possessória arcaica, bem como por fatores de ordem cultural, criando entraves a consolidação do direito de propriedade para as mulheres, negando a elas a condições de colonas.



Resumo Inglês:

This article presents considerations on women and land property in a Union-led colonization experience in the colonial core of Santa Cruz (1930-1968), Rio de Janeiro state. To analyze women’s experiences and their peasant’s projects, we opted for a methodological approach that evaluates the "history from below," as well as an analysis of the tactics and strategies built by these agents in their struggles for the land. Thus, this discussion will be held from four women’s history, with different experiences and socioeconomic conditions, each involving the land issue. Our considerations point out that, in this time slot, segregation of rights for the woman in the countryside can be explained by the maintenance of an archaic possessive mentality as well as by cultural factors, creating limits for the consolidation of their property rights, denying them the settler’s conditions.