A abordagem convencional na disciplina de Relações Internacionais é tratar as organizações
terroristas como atores “não estatais†de relações internacionais. Entretanto, essa abordagem é
problemática em virtude do fato de que a maioria das organizações terroristas são apoiadas ou
exploradas por alguns Estados. Neste artigo, discorda-se da não estatalidade das organizações
terroristas e busca-se a resposta para por que tantos Estados, às vezes, apoiam organizações
terroristas. Debate-se que em vista de crescentes ameaças à segurança nacional em uma época
de guerras devastadoras, Estados modernos tendem a suprir apoio a organizações terroristas
estrangeiras que trabalham contra seus inimigos atuais e iminentes. Elabora-se o argumento no
estudo de três casos de apoio estatal para o terrorismo: o suporte do Irã ao Hamas, o suporte
da SÃria ao PKK, e o apoio dos EUA à PMOI. As análises sugerem que, para muitos Estados, o
terrorismo nada mais é que guerra por outros meios.
The conventional approach in the discipline of International Relations is to treat terrorist
organizations as “non-state†actors of international relations. However, this approach is
problematic due to the fact that most terrorist organizations are backed or exploited by some
states. In this article, I take issue with the non-stateness of terrorist organizations and seek to
answer the question of why so many states, at times, support terrorist organizations. I argue thatin the face of rising threats to national security in an age of devastating wars, modern nation
states tend to provide support to foreign terrorist organizations that work against their present
and imminent enemies. I elaborate on my argument studying three cases of state support for
terrorism: Iranian support for Hamas, Syrian support for the PKK, and American support for
the MEK. The analyses suggest that, for many states, terror is nothing but war by other means.