Terrorismo de gênero: estratégia às violências epistêmicas a partir de um debate decolonial global

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ISSN: 2317-0875
Editor Chefe: Ester Liberato Pereira
Início Publicação: 01/01/1996
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas

Terrorismo de gênero: estratégia às violências epistêmicas a partir de um debate decolonial global

Ano: 2020 | Volume: 25 | Número: 2
Autores: A. P. J. M. Afonso
Autor Correspondente: A. P. J. M. Afonso | [email protected]

Palavras-chave: História Global, Feminismos subalternos, Estudos Pós-coloniais, Terrorismo de gênero

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente artigo objetiva apresentar alguns apontamentos iniciais da noção “terrorismo de gênero” e ação “terrorista”, como possibilidade de abordagem crítica e teórica às investidas colonialistas de produção de narrativas e violências epistêmicas, a partir do campo da História Global, feminismos subalternos e decoloniais. A hipótese que defendo aqui é de que a partir do que consideramos como “abordagens concorrentes” na História Global, segundo Sebastian Conrad (2019), ou seja, a crítica pós-colonial, os feminismos subalternos e os estudos decoloniais constroem opções epistêmicas plurais desde o sul global em detrimento de uma historiografia hegemônica do Norte. Além disso, apresentar uma possibilidade teórico-metodológica diversa, anticolonial e que abra caminhos para a ruptura dos epistemicídios, ou seja, a invisibilidade, apagamento e destruição de saberes locais. O artigo se divide em duas sessões: na primeira apresentamos o estado da arte do debate em História Global e os estudos subalternos, incluindo os feminismos que se inclinam a esta perspectiva. Na segunda sessão, refletimos, a partir da breve revisão bibliográfica, como o campo possibilita perceber e compreender a relevância da ação das terroristas de gênero no tempo presente.



Resumo Inglês:

This article aims to present some initial notes of the notion “gender terrorism” and “terrorist” action, as a possibility of a critical and theoretical approach to colonialist attacks on the production of narratives and epistemic violence, from the field of Global History, subordinate feminisms and decolonial. The hypothesis that I defend here is that from what we consider as “competing approaches” in Global History, according to Sebastian Conrad (2019), that is, post-colonial criticism, subordinate feminisms and decolonial studies have built plural epistemic options since the global south at the expense of a hegemonic historiography of the North. In addition, to present a theoretical and methodological possibility that is diverse, anti-colonial and opens the way for the rupture of epistemicides, that is, the invisibility, erasure and destruction of local knowledge. The article is divided into two sections: in the first one we present the state of the art of the debate in Global History and the subordinate studies, including feminisms that are inclined to this perspective. In the second session, we reflect, from the brief bibliographic review, how the field makes it possible to perceive and understand the relevance of the action of gender terrorists at the present time.



Resumo Espanhol:

Este artículo tiene como objetivo presentar algunas notas iniciales de la noción "terrorismo de género" y acción "terrorista", como una posibilidad de un enfoque crítico y teórico de los ataques colonialistas en la producción de narrativas y violencia epistémica, desde el campo de la historia global, los feminismos. subordinado y decolonial. La hipótesis que defiendo aquí es que, a partir de lo que consideramos como "enfoques competitivos" en la Historia Global, según Sebastian Conrad (2019), es decir, la crítica poscolonial, los feminismos subordinados y los estudios descoloniales han construido opciones epistémicas plurales desde el sur global a expensas de una historiografía hegemónica del norte. Además, presentar una posibilidad teórica y metodológica que es diversa, anticolonial y abre el camino para la ruptura de los epistemicidas, es decir, la invisibilidad, el borrado y la destrucción del conocimiento local. El artículo está dividido en dos secciones: en la primera presentamos el estado del arte del debate en Historia Global y los estudios subordinados, incluidos los feminismos que se inclinan por esta perspectiva. En la segunda sesión, reflejamos, a partir de la breve revisión bibliográfica, cómo el campo hace posible percibir y comprender la relevancia de la acción de los terroristas de género en el momento actual.