O tema central deste artigo é o investimento crescente no combate ao que se convencionou chamar de terrorismo pelas democracias contemporâneas, o que contribui para consolidar, ao menos no Ocidente, a figura do “Estado punitivoâ€. Inserido nas recentes reflexões sociológicas de Chomsky, Wacquant, Garland e Bauman, entre outros, esse tema é ainda pouco discutido pela comunidade acadêmica brasileira. O atual arranjo capitalista se generaliza quase que instantaneamente em todo o globo atrelando, de forma paradoxal, a defesa dos ideais democráticos com a necessidade de polÃticas autoritárias de controle social. A defesa constante da “guerra ao terrorâ€, agindo como elo hegemônico consensual, amplia a defasagem entre o formal e o real, bem como a utilização simbólica dos instrumentos jurÃdicos de controle.