A TESSITURA INTERSUBJETIVA DOS ENTRE-LUGARES: O que pode um grupo?

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ISSN: 21797501
Editor Chefe: Amurabi Pereira de Oliveira
Início Publicação: 31/07/2011
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Sociologia

A TESSITURA INTERSUBJETIVA DOS ENTRE-LUGARES: O que pode um grupo?

Ano: 2011 | Volume: 1 | Número: 1
Autores: Daniela Maria Barreto Martins
Autor Correspondente: Daniela Maria Barreto Martins | [email protected]

Palavras-chave: entre-lugares, pós-colonial, intersubjetividade, interculturalidade

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Realidades compreendidas como territórios de intensos contatos interculturais, como os países da América
Latina, têm se tornado foco de interesse de pesquisadores e, mais recentemente, analisadas sob a ótica da crítica póscolonial.
Os teóricos pós-colonialistas procuram situar, no contexto sócio-cultural e político de países periféricos, as
expressões que se produziram à margem de um conhecimento hegemônico acerca dos procedimentos civilizatórios
colonizadores. Buscando entender e situar melhor as experiências de reorganização ou recomposição sucessivas a
momentos de descentramento e/ou desterritorialização, os autores pós-coloniais analisam as múltiplas realidades de
indivíduos e grupos que operam sobre margens vivas de contextos de dominação e subordinação, produzindo novos
matizes, à medida que também compreendem a teia na qual os elementos de subordinação são produzidos. Este ensaio
discorre a respeito do conceito de entre-lugares, proposto por Homi Bhabha, procurando estabelecer paralelos com
outros teóricos que sinalizam transformações redefinidoras do espaço de composição social, a partir de contatos
intersubjetivos e interculturais. Embora a ênfase no processo de organização política dos grupos sociais seja um
elemento de distinção entre pós-colonialistas e outros teóricos citados neste trabalho, a aposta no contato intersubjetivo
e intercultural como processo criativo e em permanente tensão/negociação – aspectos comuns ao pensamento dos
autores – pode auxiliar na defesa de uma realidade pós-colonial em que os domínios possam ser contestados e em que
novas dinâmicas significativamente transformativas da tessitura social contemporânea possam contemplar a diversidade
das experiências afetivas, ético-estético-políticas.