A paridade descoberta de juros (PDJ) afirma que o processo de arbitragem fará com que tÃtulos equivalentes de dois paÃses diferentes tenham o mesmo retorno lÃquido. Se um tÃtulo de um paÃs paga uma taxa de juros maior do que a internacional há uma expectativa de depreciação da sua moeda e, assim, espera-se que o retorno real do tÃtulo convirja para a taxa de juros internacional. Porém, nos últimos anos, os tÃtulos brasileiros têm pagado uma taxa de juros acima da internacional e sua moeda vem se apreciando frente ao dólar, fazendo com que o retorno real dos tÃtulos do paÃs seja maior do que o internacional. Neste trabalho, buscamos testar, então, esta paridade para a economia brasileira durante o perÃodo de novembro de 2001 a setembro de 2007 – perÃodo no qual o Brasil já adotava o câmbio flutuante. Uma ferramenta para o teste são os mÃnimos quadrados ordinários, ajustados à possÃvel autocorrelação entre os resÃduos. Testa-se se o diferencial de juros é estatisticamente significativo na variação da taxa de câmbio. Além disso, compara-se o processo de formação das expectativas quanto ao câmbio – expectativas racionais e pesquisa do Relatório Focus – na verificação da PDJ.