Teste de exercício cardiopulmonar na fase precoce do infarto do miocárdio

Revista Brasileira De Fisioterapia

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ISSN: 14133555
Editor Chefe: 11
Início Publicação: 29/02/1996
Periodicidade: Bimestral

Teste de exercício cardiopulmonar na fase precoce do infarto do miocárdio

Ano: 2012 | Volume: 16 | Número: 5
Autores:
Autor Correspondente: Ester da Silva | [email protected]

Palavras-chave: consumo de oxigênio; infarto do miocárdio; exercício físico; fisioterapia.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

OBJECTIVO: Avaliar e comparar as variáveis cardiorrespiratórias e metabólicas no nível do limiar de anaerobiose ventilatório (LAV) e no pico do teste de exercício cardiopulmonar (TECP) submáximo em voluntários saudáveis e em pacientes na fase precoce após o infarto agudo do miocárdio (IAM).
MÉTODO: Vinte e seis voluntários realizaram TECP submáximo ou sintoma limitante em cicloergômetro e foram divididos em grupo IAM (G-IAM=12, 56,33±8,65 anos) e grupo saudável (GC=14, 53,33±3,28 anos). As medidas dos desfechos principais foram as variáveis cardiorrespiratórias e metabólicas obtidas no pico e no LAV do TECP. Teste estatístico: t-Student não pareado, α=5%.
RESULTADOS: O G-IAM apresentou menores valores no LAV e no pico do TECP que o GC (p<0,05): potência em Watts (91,06±30,10 e 64,88±19,92; 154,93±34,65 e 120,40±29,60); VO2mL.kg-1.min-1 (17,26±2,71 e 12,19±2,51; 25,39±5,73 e 19,41±5,63); VCO2L/min-1 (1,43±0,31 e 0,93±0,23; 2,07±0,43 e 1,42±0,36), VO2L/min-1 (1,33±0,32 e 1,00±0,23; 1,97±0,39 e 1,49±0,36); VEL/min-1 (42,13±8,32 e 27,51±5,86; 63,07±20,83 e 40,82±11,96); FC (bpm) (122,96±14,02 e 103,46±13,38; 149,67±13,77 e 127,60±10,04); duplo produto (DP) (bpm.mmHg.min-1) (21835,86±3245,93 e 17333,25±2716,51; 27302,33±3053,08 e 21864,00±2051,48), respectivamente. A variável Oxygen Uptake Efficiency Slope (OUES L/min) do G-IAM foi 1,79±0,51 e do GC 2,26±0,37, p<0.05. O G-IAM não apresentou alterações eletrocardiográficas ou sintomas que limitassem o TECP.
CONCLUSÃO: Os resultados mostram que os pacientes com IAM Killip I apresentaram menor capacidade funcional e DP em relação ao GC, sem apresentar alterações isquêmicas. Assim, o estudo sugere que o TECP submáximo pode ser aplicado precocemente para a avaliação cardiorrespiratória por apresentar alta sensibilidade para detectar alterações de forma segura.