Teste de provocação oral aberto na confirmação de alergia ao leite de vaca mediada por IgE: qual seu valor na prática clínica?/ Open oral food challenge in the confirmation of cow’s milk allergy mediated by IgE: what is its value in the clinical practice?

Revista Paulista De Pediatria

Endereço:
Alameda Santos, 211 - 5° andar, Conj. 501/502/511/512
São Paulo / SP
Site: http://www.spsp.org.br
Telefone: (11) 3284-9809
ISSN: 1030582
Editor Chefe: NULL
Início Publicação: 31/12/1992
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Medicina

Teste de provocação oral aberto na confirmação de alergia ao leite de vaca mediada por IgE: qual seu valor na prática clínica?/ Open oral food challenge in the confirmation of cow’s milk allergy mediated by IgE: what is its value in the clinical practice?

Ano: 2011 | Volume: 29 | Número: 3
Autores: R. B. Mendonça, R. R. Cocco, R. O. Sarni, D. Solé
Autor Correspondente: R. B. Mendonça | [email protected]

Palavras-chave: hipersensibilidade alimentar; substitutos do leite humano; diagnóstico/ food hypersensitivity; breast-milk substitutes; diagnosis.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Objetivo: Revisar os principais protocolos de padronização para o teste de provocação oral aberto aplicado a crianças com suspeita de alergia ao leite de vaca mediada por imunoglobulina E.
Fontes de dados: Foram selecionados artigos publicados, nos últimos dez anos, nas bases de dados Medline, Lilacs e SciELO, utilizando-se os descritores de assunto: “hipersensibilidade alimentar”, “leite de vaca”, “alergia ao leite de vaca”, “teste de provocação oral”, “crianças” e “diagnóstico”.
Síntese dos dados: O teste de provocação oral é o método mais fidedigno para estabelecer ou excluir o diagnóstico de alergia alimentar e sua forma aberta pode ser a primeira opção, quando apenas reações objetivas são esperadas. O local para realizar o teste deve possuir todos os recursos para tratamento de emergência. Como preparo, o paciente deve seguir dieta de exclusão do alimento suspeito e descontinuar o uso de medicamentos que possam interferir no resultado do teste. Habitualmente, utilizam-se 8 a 10g de leite em pó ou 100mL de leite fluido, oferecidos em volumes progressivos, a intervalos de dez a 60 minutos. Apesar da rigidez do método, ainda existem situações em que há dificuldade de interpretação dos resultados; por isso, médicos bem treinados devem aplicar o teste, sendo cautelosos ao julgarem as reações.
Conclusões: Mesmo considerando as limitações que dificultam a aplicação do teste de provocação oral na práticaclínica, a implementação do teste nos serviços de saúde poderia reduzir diagnósticos falsos-positivos de alergias.



Resumo Inglês:

Objective: To review the main standardization protocols of the open oral food challenge applied to children with suspicion of cow’s milk allergy mediated by immunoglobulin E.
Data source: Medline, Lilacs and SciELO databases were searched for articles published in the last ten years using the following descriptors: “food hypersensitivity”, “cow’s milk”, “cow’s milk allergy”, “oral food challenge”, “children” and “diagnosis”.
Data synthesis: The oral food challenge test is the most reliable method to establish or exclude the diagnosis of food allergy and the open challenge can be the first option when only objective reactions are expected. All medications and equipment needed for emergency treatment should be available. Before being submitted to the test, the patient must follow a diet excluding the suspected food and discontinue the use of medications that may interfere with the results of the test. Usually, it is performed using 8-10g of powdered milk or 100mL of fluid milk, offered in progressive volumes at intervals of ten to 60 minutes. Despite the rigour of the method, there are still situations difficult to interpret. Therefore, well-trained doctors must administer the test, being cautious about their clinical judgment.
Conclusions: Although there are some restrictions in the application of the oral food challenge test with cow’s milk in the clinical practice, its implementation in health services could reduce false positive diagnoses of allergies.