Este artigo busca refletir sobre as fronteiras, entendidas tanto no sentido físico quanto simbólico, que moldam o posicionamento político das Testemunhas de Jeová. A partir da análise do folheto Conspiração Contra a Democracia, publicado em 1940 no Brasil.-Uma denúncia contra regimes totalitários como o fascismo. Busca-se questionar: isso implica que as Testemunhas de Jeová são, de fato, defensoras da democracia? A análise da adequação do discurso político da religião em diferentes territórios e contextoshistóricos pode elucidar essa questão. A reflexão propõe discutir como as fronteiras —seja de um território, de uma cultura ou de uma conveniência política —podem influenciar e até transformar as práticas religiosas, levando a adaptações conforme as circunstâncias locais.
This article aims to reflect on the boundaries, understood both in physical and symbolic terms, that shape the political stance of Jehovah's Witnesses. It draws on the analysis of the pamphlet Conspiracy Against Democracy, published in 1940 in Brazil, which denounced totalitarian regimes such as fascism. The central question is: does this imply that Jehovah's Witnesses are truly defenders of democracy? Examining the adaptation of the religion's political discourse across different territories and historical contexts may shed light on this issue. The reflection seeks to discuss how boundaries—whether territorial, cultural, or rooted in political convenience—can influence and even transform religious practices, leading to adaptations according to local circumstances.