Este artigo aborda questões referentes ao ensino de gêneros textuais em sala de aula, tomando como base a Proposta Pedagógica ou Curricular da Secretaria Municipal de Manaus para o ensino da Língua Portuguesa para a Educação de Jovens e Adultos (EJA), segundo segmento do Ensino Fundamental. A análise aqui apresentada trabalha com a perspectiva do Interacionismo Sociodiscursivo (ISD), tal como preconizado por Bronckart (2006) e outros autores da, assim cognominada, escola de Genebra. Também há contribuições de pensadores da linguagem brasileiros que se debruçaram sobre esse objeto de estudo, como Machado & Cristóvão (2010) e Marcuschi (2008). Foram efetuadas, com base neste aporte teórico, reflexões sobre gênero, tipologia, texto e discurso, buscando analisar de que forma a proposta curricular da Secretaria se alinha às teorias modernas sobre ensino de gêneros. Perceberam-se, à luz do referencial trabalhado, em linhas gerais, alguns vícios, modismos e lacunas quanto à compreensão epistemológica do ensino de gêneros e, ainda, problemas quanto à sua transposição didática para a sala de aula.
This article addresses issues related to the teaching of textual genres in the classroom, based on the Pedagogical or Curricular Proposal of the Municipal Secretary of Manaus for the teaching of the Portuguese Language for the Education of Young and Adults (EJA), second segment of Elementary Education . The analysis presented here works with the perspective of Sociodiscursive Interactionism (ISD), as advocated by Bronckart (2006) and other authors of the so-called Geneva school. There are also contributions from Brazilian thinkers who have focused on this object of study, such as Machado & Cristóvão (2010) and Marcuschi (2008). Based on this theoretical contribution, reflections on gender, typology, text and discourse were analyzed, seeking to analyze how the curricular proposal of the Secretariatis aligned with modern theories on gender teaching. In the light of the reference framework, some vices, idioms and gaps regarding the epistemological understanding of the teaching of genders, as well as problems with their didactic transposition into the classroom were perceived.