TIPIFICAÇÃO DE SINTOMAS RELACIONADOS À VOZ E SUA PRODUÇÃO EM PROFESSORES IDENTIFICADOS COM AUSÊNCIA DE ALTERAÇÃO VOCAL NA AVALIAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA

Revista Cefac

Endereço:
Rua Cayowaá, 664 Perdizes
São Paulo / SP
05018-000
Site: http://www.revistacefac.com.br
Telefone: (11) 3868-0818
ISSN: 19820216
Editor Chefe: Esther Mandelbaum Gonçalves Bianchini
Início Publicação: 31/05/1999
Periodicidade: Bimestral
Área de Estudo: Fonoaudiologia

TIPIFICAÇÃO DE SINTOMAS RELACIONADOS À VOZ E SUA PRODUÇÃO EM PROFESSORES IDENTIFICADOS COM AUSÊNCIA DE ALTERAÇÃO VOCAL NA AVALIAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA

Ano: 2010 | Volume: 12 | Número: 3
Autores: Emilse Aparecida Merlin Servilha, Joyce Pena
Autor Correspondente: Emilse Aparecida Merlin Servilha | [email protected]

Palavras-chave: saúde do trabalhador, voz, distúrbios da voz, docentes, qualidade da voz

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

OBJETIVO: tipificar os sintomas relacionados à voz e sua produção auto referidos por professoras, cujas vozes foram identificadas como saudáveis na avaliação fonoaudiológica.
MÉTODOS: participaram 36 docentes, idade média de 37 anos, solteiras (75%) e escolaridade superior (83,33%) da rede municipal de ensino de uma cidade do interior do estado de São Paulo. Os docentes responderam a um questionário e referiram a alteração, suas vozes foram gravadas e submetidas à avaliação fonoaudiológica perceptivo-auditiva e posteriormente comparados os dois tipos de avaliação. Procedeu-se a caracterização sócio demográfica, condições ambientais e organizacionais do trabalho dos docentes e seus sintomas tipificados e submetidos à análise estatística descritiva.
RESULTADOS: constatou-se a presença de poeira (91,67%), ruído (75%) e excesso de trabalho (88,88%), falta de tempo para desenvolver as atividades na escola (88,88%) e fiscalização constante do desempenho (33,33%). Quanto à voz, a alteração foi percebida há mais de quatro anos (30,56%), secundária ao seu uso intensivo (94,44%) e ao estresse (61,11%), classificada como moderada (66,67%), sendo proeminentes como sintomas auditivos, a rouquidão e o cansaço ao falar, ambos com 69,44% e como sintomas proprioceptivos, o pigarro (63,88%) e a garganta seca (61,11%). A comparação entre os sintomas mostra que os proprioceptivos (63,26 %) foram mais mencionados do que os auditivos (36,73 %).
CONCLUSÃO: os professores trabalham em ambientes adversos à saúde e à voz; a prevalência de sintomas proprioceptivos foi maior que os auditivos, o que pode ter interferido na avaliação perceptual de suas vozes pelas fonoaudiólogas que contaram apenas com a pista auditiva.



Resumo Inglês:

PURPOSE: to typify the symptoms related to voice and its production self-referred by teachers, whose voices were identified as healthful in the Speech-Language Pathology evaluation.
METHODS: 36 teachers took part, with mean age of 37 years, singles (75%) and college degree (83.33%), from the county school system of a city from the countryside of São Paulo. The teachers answered a questionnaire and referred the alteration; their voices were recorded and submitted to the perceptual Speech-Language Pathology evaluation and afterwards, both types of evaluation were compared. The socio-demographic characterization proceeded, environmental and organizational conditions of the teacher's work and their symptoms typified and submitted to a statistical analysis.
RESULTS: the presence of dust (91.67%), noise (75%), excess of work (88.88%), lack of time to develop the activities at school (88.88%) and constant performance monitoring (33.33%) were noted. As for the voice, the alteration has been noted for more than four years (30.56%), secondary to its intensive use (94.44%) and to stress (61.11%), classified as moderate (66.67%), being prominent like auditory symptoms, hoarseness and tiredness of speaking, both with 69.44% and classified as proprioceptive symptoms, throat clearing (63.88%) and dry throat (61.11%). The comparison among the symptoms shows that the proprioceptive ones (63.26%) were more mentioned than the auditory ones (36.73%).
CONCLUSION: the teachers work in health and voice adverse environment; the prevalence of proprioceptive symptoms was greater than the auditory ones, a fact that may have interfered in the perceptual evaluation of their voices by the Speech-Language Pathologists who just counted on the auditory clue.