O objetivo geral deste estudo foi construir uma escala de medidas para estimar os estágios de modernização da agricultura, tendo como metodologia a forma participativa de levantamento e diálogo de informações. Baseando-se na origem e formação dos assentamentos no estado do Amapá, delimitou-se os mesmos em dois tipo: espontâneos e induzidos. Buscou-se caracterizar os sistemas de produção familiares em tipologias que agrupassem estes sistemas em similaridades e permitissem delinear as práticas que melhor favorecessem o desenvolvimento das propriedades. Através da Metodologia participativa, realizou-se, junto aos agricultores, um diagnóstico rápido e dialogado que posteriormente foi tratado e em seguida devolvido aos mesmos por meio de reuniões de restituição. Foram identificados quatro Tipos distintos de sistemas de produção, sendo o mais desenvolvido aquele que integrava as atividades de produção de farinha de mandioca com outras culturas para consumo e comercialização e a criação de pequenos animais, porém o sistema que mais permitia retornos financeiros anuais aos agricultores familiares foram aqueles cuja produção agrícola era exclusiva para a produção de farinha de mandioca aliada aos recebimentos de benefícios sociais (aposentadorias e bolsas sociais). Este foi observado exclusivamente entre os agricultores de assentamentos espontâneos, onde as práticas agrícolas já vêm sendo propagada entre gerações há mais de 300 anos, e favorecia não apenas à obtenção de altos rendimentos na conversão da mandioca em farinha, mas também a venda por maiores valores da farinha nos mercados devido as suas melhores características organolépticas.